Amor de Marinheiro
Se não digo agora que a amo
Não é pelo medo de amar primeiro
É mais pelo medo que chamo
De amor de marinheiro.
Que por muito andou nas águas
Entregando o coração ao vento
Lavando com sal as mágoas
Rezando pelo tormento.
E ávido chega à terra
Que a primeira saia lhe encanta
Quando nos tempos de guerra
O grito inimigo era janta!
E confuso com a firmeza do solo
Enjoa de andar e correr
Preferindo ter ao colo
A primeira que lhe oferecer.
Mas tão cedo acostuma
Desse fraco amor ligeiro
Pega o chapéu e ruma
Amar pelo mundo inteiro.
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